Roteiro dos Bandeirantes: Santana do Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Itu, Salto e Porto Feliz.
Embrenhada na Mata Atlântica, a vila de São Paulo de Piratininga precisava expandir seus horizontes, pressionada pelas necessidades de Portugal em guerra. À beira de inúmeros córregos, rios e riachos, de clima frio e chuvoso, sua terra fértil abastecia a pequena população local e a grande população da baixada santista.
A busca por riqueza começou, e seguindo o caminho natural do rio Tietê, já aos pés do pico do Jaraguá a primeira jazida foi encontrada.
O rio foi estrada, apoio, alimentação e por vezes obstáculo. Entretanto, mesmo tendo que carregar pesadas embarcações por longos trechos, ainda era o melhor caminho.
Foi por ele que o oeste paulista e o oeste brasileiro foram descobertos e explorados pelos europeus. Por meio de suas águas voltaram as notícias das novas terras, possibilidades e riquezas.
Em suas margens, os primeiros centros urbanos se desenvolveram e serviram de berço para a grandeza do nosso estado.
Hoje se discute o custo ambiental das ações das Entradas e Bandeiras. Discute-se sobre ética e cidadania no contato do europeu com o índio. Discute-se desmatamento, preservação, qualidade da água e qualidade de vida. Hoje se discute novos parâmetros para o progresso.
A necessária recuperação ambiental devido a ações impensadas é excelente pano de fundo para nossa proposta de estudo do meio. É referência para reflexões sobre o futuro da civilização.
Estudar as nascentes do Tietê que brotam do alto da Serra do Mar, o trajeto interno em uma das maiores cidades do mundo e sua recuperação após a cidade de Barra Bonita é entender, com olhos de historiador, os sinais dos tempos civilizados que já passaram por suas águas.
... E o Tietê deu a São Paulo quanto possuía: o ouro das areias, a força das águas, a fertilidade das terras, a madeira das matas, os mitos do sertão. Despiu- se de todo encanto e todo mistério: despoetizou-se e empobreceu por São Paulo e pelo Brasil.
Alcântara Machado
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