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    Paranapiacaba

    A Vila de Paranapiacaba, no Estado de São Paulo, pertence ao Município de Santo André. Inicialmente planejada como um acampamento temporário de apoio às atividades de construção da ferrovia, Paranapiacaba ou em Tupi, local de onde se avista o mar, foi transformada definitivamente em 1867, por ocasião da inauguração da São Paulo Railway Company. A vila, inicialmente Estação Alto da Serra, tem um traçado urbanístico único no país, está preservado e é objeto de estudo na história da arquitetura brasileira.

    Esse empreendimento, idealizado pelo Barão de Mauá, foi pioneiro na participação inglesa em construção e exploração ferroviária no Brasil. Da Inglaterra foram importados o capital, os estudos, o projeto, os engenheiros e técnicos responsáveis, assim como os equipamentos e materiais ferroviários.

    A localização estratégica entre a região portuária de Santos e o planalto paulista foi determinante para que a Vila de Paranapiacaba se tornasse o portal de entrada e saída de mercadorias do interior para o litoral e vice versa.

    Um projeto ousado e extremamente moderno para a época, com quatro planos inclinados, o sistema funicular tracionava as composições por meio de cabos e posteriormente por cremalheiras, superando diariamente os quase 800 metros de desnível entre o porto de Santos e o planalto Paulistano.

    Durante a década de 40, quando se percebeu a decadência daquele sistema de transporte e da própria vila, o patrimônio da empresa passou para o controle da União. Apenas na década de 80 iniciaram-se movimentos pela sua recuperação, o que hoje é possível observar durante os estudos de campo.

    Além das questões técnicas ligadas à força motriz do vapor e sua tecnologia, surpreendente para o final do século XIX, Paranapiacaba oferece também uma série de encontros com a natureza em atividades de observação realizadas em suas trilhas e córregos. Em dias claros a vista do mar é um desses encontros possíveis. Do mirante também se avista Santos, o porto, Cubatão e Guarujá, não como eram vistos pelos olhos dos índios, mas com o olhar crítico do homem moderno que 
    observa o desenvolvimento em uma balança entre a prosperidade econômica e sua difícil, mas possível conciliação com a conservação do meio ambiente natural.

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