O Brasil é uma obra dos portugueses, mas São Paulo é dos italianos.
Conde Francisco Matarazzo
A visita aos bairros tradicionais tem o objetivo de oferecer aos alunos a oportunidade de observar e conhecer as marcas e contribuições das comunidades de imigrantes na formação da cidade de São Paulo.
Como isso tudo começou?
Estamos em 1870 e está nascendo a São Paulo que vamos conhecer melhor. O movimento que empolga todo o estado lança as bases da industrialização e agricultura atuais, derruba matas, abre fazendas, estende estradas de ferro e liberta escravos. E ainda atrairá imigrantes, instalará usinas de energia, importará máquinas, fundará cidades, bancos, escolas etc. Primeiramente com o café e depois com a indústria, São Paulo se enriquece. Em trinta anos passa de oitava maior cidade do país a segunda, e em cem anos a terceira do mundo!
Mas quem trabalha? Muitos comerciantes de escravos em função dos altos impostos cobrados para trazê-los embarcados do nordeste, preferem trazê-los a pé, acorrentados, atravessando quase todo o país! José Vergueiro escreve no jornal Correio Paulistano em 1870: Um escravo hoje custa o mesmo que contratar quase 17 imigrantes. Como se vê, não é pelo coração que os poderosos extinguem a escravidão, mas pelo bolso! A cultura do café precisa de braços e os paulistas, então, vão buscá-los em Portugal, na Alemanha, Bélgica, Síria, Espanha e principalmente na Itália. Um tempo depois é a vez dos japoneses, que vêm para ficar.
Qual era o cotidiano desses imigrantes? Como se divertiam, comiam, descansavam, passeavam? Para entender um pouco disso tudo, vamos conhecer esses primeiros paulistas italianos, que fizeram do Brás e do Bixiga sua residência. Com a UGGI, vamos circular por ruas e bairros antes pacatos e exclusivamente residenciais, hoje ocupados por escritórios amontoados e pessoas apressadas, típicos da metrópole paulistana.
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