Tendo como referência o Pico do Itambé, diversas bandeiras cortaram a região do Jequitinhonha em busca dos metais preciosos. Entre as serras de Santo Antônio e São Francisco havia um local formado pelo pequeno afluente do Rio Grande, o Vale do Tijuco, próximo à cidade do Serro. O local revelou-se excelente para a mineração do ouro, e lá foi fundada um pequeno arraial, o Arraial do Tijuco (lama, em tupi).O grande impulso para o crescimento urbano e econômico do arraial foi a descoberta de jazidas de diamante por volta de 1720. Bernardo da Fonseca Lobo, reconhecido como o primeiro a encontrar a pedra, levou em 1726 alguns diamantes ao governador da província, sediada em Ouro Preto, e a notícia logo chegou à Coroa Portuguesa. Em 1729, o rei D. João V cancelou todas a concessões e instituiu o monopólio particular na extração da pedra, que até então vinha sendo explorada livremente. Foi fundado o Distrito Diamantino, com sede no Tijuco e subordinado à comarca do Serro Frio, com a função de oficializar o controle da extração.
Ainda que as ruas e becos estreitos do núcleo urbano da cidade remetam ao traçado irregular que caracteriza outras cidades da época, Diamantina apresenta algumas características urbanas particulares. Nota-se, por exemplo, a ausência de praças e grandes prédios públicos. A arquitetura das igrejas também é diferente daquela encontrada em outras cidades históricas, como Ouro Preto. Em vez das rebuscadas formas que caracterizam o barroco, seu estilo marcante é mais simples e elegante. Em geral essas igrejas foram construídas em meio às casas, numa posição que não valoriza sua eloquência arquitetônica e reduz seu papel de referência social para a cidade.
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